Quantas chances de viver loucuras memoráveis a gente desperdiça com essa mania besta de pensar demais?!

Prefiro correr riscos do que me arrepender de não ter feito nada!


Abraça o que te faz sorrir!

sábado, 28 de abril de 2012

Não, eu não esqueço!



Complexa demais; lotada por certos sentimentos recalcados. Garota esquisita, toda por fora, complicada, cheia de apegos e um tanto que de mistérios. Alguns deles, incompreensíveis para si própria. Gostava de pegar seu celular, um fone, fechar o quarto e aumentar aquela música ordinária o máximo que pudesse. Fechava os olhos e balança a cabeça como se só existisse ela e aquele tal som. Tudo ali era tão habitual, mas ela conseguia encontrar sempre algo distinto, não importava onde estaria. Arrancar-lhe uma gargalhada sincera estava se tornando cada vez mais difícil, mas seu sorriso ? Era seu eterno disfarce clichê e costumeiro. Por onde ia, levava ele como se fosse sua maior forma de proteção, de apoio. Tanto como apreciava o barulho elevado daquela tal música, também apreciava um silêncio profundo, onde ela poderia pegar uma folha, um lápis qualquer e guardar todas as suas sensibilidades e desgostos. Ou apenas ler. Gostava de ler, também. Grandes e intensos textos e ou livros. Era bom pra ela; como se a completasse de alguma forma. Também admirava o barulho crítico da chuva e do seu cheiro. Ela também podia passar o dia todo de pijama e descalça, sentindo a frieza do chão. Abria a geladeira, olhava um pouco e ia embora; fazia isso o dia todo. Observar os casais românticos e bobos tal hora parecia tão enjoado, tão seco, mas que para ela, era o necessário. Pegava seu casaco preferido, olhava a rua e cogitava em sair, mas somente isso. Não tinha vontade. Hesitações era o que não lhe faltava, sabe ? Sempre tinha incertezas consigo, nunca iam embora. Fotos de casais faziam ela puxar um “sorriso” franco ao lado do rosto. Ver filmes altas horas da noite nunca pareceu tão complicado. Tinha que ser acordada todas as manhãs e não queria sair da cama; por ela, poderia passar quase o dia todo lá. Indecifrável, era o que se poderia pensar dela. Com uma posse legítima de uma força que nem ela sabia que tinha, enfrentando bem lá no fundo, tudo e todos, fragilizadamente. Yandra Brito (maquia-dores)
Fazer de conta que nada aconteceu? Isso não é comigo, me feriu, me magoou, me quebrou por dentro. Não vou esquecer, amor não pode ser construído na base do esquecimento de erros absurdos.
— Caio Augusto Leite

# Só pra constar: Quem bate esquece, mas quem apanha não esquece jamais!

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