Ele era o que ela mais admirava . Todas as coisas que ele fazia viravam estórias encantadas na cabeça dela, ele era o príncipe que escalava o castelo, o cavaleiro que ganhava a batalha, a coisa mais brega e mais bonita que ela conseguia pensar sempre, era ele . E ela descobriu que não é vergonha ser brega para ser bonito . Ela estava cagando pra quem a achasse brega . E ela conta os dias, as horas e os problemas que faltam ser resolvidos pra eles conseguirem finalmente ter o final feliz do conto de fadas . Ela o guardou há muito tempo num lugar muito seguro, que nenhum dos seus namorados de papel da vida real vai conseguir chegar algum dia . Porque eles, os outros, estavam dos olhos pra fora : ela os enxergava, se divertia, tocava, sorria, mas em hipótese alguma os levava para dentro dos olhos dela . Às vezes uma pessoa ou outra diz a ela que não se pode viver assim, fechando os olhos pras coisas à sua volta . Mas a moça, agora tão esperançosa, não só fecha os olhos como também, tapa os ouvidos . Tantas pessoas passaram por ela, tanta coisa foi dita, tantas promessas que jamais foram cumpridas e ela fica pensando sozinha que, se ela já perdeu tanto tempo com sentimentos de papel, vale a pena - e muito - esperar por alguém que há tanto tempo faz parte da parte mais íntima da sua vida : o seu sonho de ser feliz .
Quantas chances de viver loucuras memoráveis a gente desperdiça com essa mania besta de pensar demais?!
Prefiro correr riscos do que me arrepender de não ter feito nada!
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